Hoje gostaria de abordar o julgamento mais comentado da história geral, o Julgamento de Cristo Jesus.
Cabe salientar, em primeiro lugar, que Cristo fora condenado não por suas práticas milagrosas ou por ter violado o sábado, mas pelo simples fato de ter se nomeado o Filho de Deus e o próprio Deus encarnado, em outras palavras, a questão de seu julgamento seria a sua identidade. As autoridades religiosas e os próprios judeus acreditavam que as afirmações de Jesus eram uma blasfêmia e por essa razão deveria ser julgado e condenado.
Podemos destacar que Cristo, durante seu ministério público, jamais deixou de enfatizar a relação fraternal que Ele mantinha com o seu Pai e jamais deixou de anunciar quem Ele realmente era. Não só Jesus se auto intitulou ser Deus (YHWH) (João 5.17-18; João 8.19-58), como também seus seguidores e discípulos o reconheciam como o Messias e Filho do Deus Altíssimo.
Quanto ao seu julgamento:
O propósito declarado dos líderes religiosos judeus era, conforme se lê em Mateus 26:4 prender Jesus, à traição, e mata-lo. Mas diziam: não durante a festa, para que não haja tumulto entre o povo. Isso posto, o que interessava a eles não era a legalidade, e sim, desfazer-se de Cristo de qualquer modo. Por esta razão, eles praticaram tantas e tão graves irregularidades, durante o julgamento de Jesus. Essas irregularidades por si só teriam anulado o julgamento.
Consideremos três lances decisivos desse injusto julgamento.
1) O Exame preliminar João 18:19,24. O propósito desse interrogatório era reunir provas contra Ele. Na verdade o Senhor não aceitou essa irregularidade, insistindo que apresentassem as acusações contra Ele, afinal as acusações devem vir antes de qualquer interrogatório, como se vê os judeus já estavam dispostos a condenar o inocente antes do julgamento começar. Bastaria isso para desqualificar os juizes diante de qualquer tribunal sério.
2) O julgamento noturno ilegal. Segundo uma estipulação da lei judaica era proibido fazer julgamento à noite. Mas, ou as autoridades religiosas judaicas passavam por cima desta lei ou correriam o risco de não conseguir condenar a Jesus. Enquanto o Sinédrio se reunia, os principais sacerdotes trabalhavam freneticamente para arrumar testemunhas de acusação disposta a mentir, mas, embora estavam todas arranjadas e preparadas para mentir não havia concordância entre elas marcos 14:56.
3) A decisão matinal determinada. A reunião de sexta feira pela manhã, teve o propósito de prestar um ar de legalidade à decisão tomada na noite anterior, e planejar como a questão seria apresentada à Pilatos. A acusação que o Senhor teria blasfemado ao afirmar que era o filho de Deus era uma acusação religiosa e certamente Pilatos não daria ouvidos a esse tipo de acusação. Além do mais não foi averiguado os fato para ver se Jesus estava falando a verdade ou era mesmo uma blasfêmia.
O julgamento romano
1) Tentativa de evasão. Os judeus deram a entender que queriam que Pilatos cedesse à vontade deles, encarregando-se o governador somente da execução do réu, mas deixando com eles o direito de sentenciá-lo a morte. Todas a razões dos líderes religiosos eram vãs e o governador seria obrigado a declara-lo inocente. Marcos 15:10. Acusação sem fundamento. As acusações giravam em torno de três questões básicas:
Jesus pervertia a nação;
Impedia o pagamento de impostos; e
Declarava-se rei.
As duas primeiras foram descartadas, só a terceira foi que Pilatos deu maior atenção.
3) Exame e absolvição. O dialogo entre Pilatos e Jesus foi breve. Diante da pergunta de Pilatos: "És tu o rei dos judeus?" Jesus mostrou que não se interessava por qualquer poder político deste mundo, quando respondeu: João 18:38,38. Bastou isto para Pilatos ficar convencido da inocência de Jesus, por isso lemos que terminado o diálogo Pilato disse: Eu não acho Nele crime algum. Ora este veredicto deveria ter posto fim a esta questão.
4) O parecer de Herodes. Na tentativa de se livrar do problema, Pilatos mandou a questão até Herodes, o qual após ridicularizar, humilhar e bater em Jesus mandou de volta, o que ficou claro que nem mesmo Herodes achou algo que o condenasse a morte Lucas 23:14,15.
5) Jesus ou Barabás. Vemos que o criminoso foi solto e que o inocente foi vitima dos mais cruéis castigos que alguém poderia suportar. Pilatos procurou inocentar-se do crime que estava por cometer ao dizer : Estou limpo do sangue deste INOCENTE. Mas a reação do povo foi : Caia sobre nós o seu sangue, e sobre nossos filhos ! Mateus 27:17,26.
6) Eis o Homem. Em último apelo aos sentimentos de humanidade dos judeus, Pilatos apresentou Jesus, sangrando com as chicotadas recebidas, com a coroa de espinhos na cabeça e com o manto púrpura, com que os soldados romanos haviam zombado e tripudiado dele. As palavras de Pilatos, ao exibir Jesus à furiosa multidão, devem ter soado extremamente fora de lugar e sem sentido: "Eis o homem!"(João 19:5).
7) A sentença. E, pela última vez, Pilatos sentenciou: "Tomai-o vós outros e crucificai-o; porque eu não acho nele crime algum" (João 19:6). E também pela ultima vez, os judeus incrédulos sentenciaram: "Temos uma lei, e, de conformidade com a lei, ele deve morrer, porque a si mesmo se fez Filho de Deus"(João19:7). Então Pilatos entregou Jesus às mãos das autoridades judaicas, para que ele fosse crucificado. Estava terminando o julgamento. Os dois maiores tribunais do mundo tinham acabado de decretar a maior injustiça que já se cometeu oficialmente à face da terra. Nem o tribunal religioso e nem o tribunal civil serviram, realmente, à justiça! Foi somente para tentar aplacar aos judeus que Pilatos permitiu a crucificação de Jesus! Alguns anos mais tarde, Pilatos foi tirado do governo da Judéia, e acabou se suicidando, embora, para isso só contemos com tradições um tanto duvidosas. Mas, antes disso, ele deve ter tido muitos pesadelos que envolviam um obscuro carpinteiro da Galiléia, a quem não se fizera justiça!
Por Elder Cunha
Comments
4 comments to "As falcatroas do Julgamento de Jesus Cristo"
22 outubro, 2011 17:49
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23 outubro, 2011 16:36
Belissimo Post. que a Graça de Nosso Senhor sempre esteja em sua vida.
“Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Administrem a verdadeira justiça, mostrem misericórdia e compaixão uns para com os outros.Não oprimam a viúva e o órfão, nem o estrangeiro e o necessitado. Nem tramem maldades uns contra os outros”. - Zacarias 7:9-10
Você quer uma palavra clara e direta do Senhor hoje? Zacarias nos dá isso. Ele nos lembra que Deus quer que sejamos justos, compassivos, sem preconceitos e sensíveis àqueles que têm necessidades, e que consideremos uns aos outros inocentes. Em outras palavras, ele quer que tratemos uns aos outros como Cristo tratava as pessoas. Por quê? Porque não podemos estar bem com Deus se não estamos bem com as outras pessoas!
Diacono Sergio Christino
26 outubro, 2011 16:55
Gostei do Blog. Parabéns, Que Deus continue te dando a Graça para fazer esta obra importante que é apologia. Estou te seguindo agora, se puder visitar o meu blog e seguir ali eu ficarei mais feliz ainda. Paz do Senhor.
13 novembro, 2011 19:34
Irmão meu blog voltou a excluir todos os seguidores,agora creio que já está bom, vinha perguntar se o irmão deseja manter a parceria, se desejar, é só ir ao meu blog, e adiconar-me de novo como seguidor.
Um abraço e muita paz.
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